terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
saga santana
Aos poucos, paramos devagar para respirar. E só então, bem devagar, comecei a voltar para a realidade. Era difícil entender o que havia acontecido.Aos poucos nos afastamos e eu ouvia a respiração ofegante dele. Ele então me olhou dentro dos olhos e nesse momento, eu voltei á realidade e compreendi de fato o que havia acontecido entre nós.
Por incrível que pareça, algo que nem eu mesma entendi aconteceu. Eu me assustei. Olhei assustada para ele e não sabia o que dizer. Pensei em milhares de coisas mas não conseguia pronunciar nada. Ele ficou em silêncio apenas observando a minha reação e foi então que decidi fugir dali antes que mais alguma coisa acontecesse. Sem dizer nada, rapidamente abri a porta do carro dele e corri para dentro. Abri a porta e entrei rápido. Ele mal teve tempo de me chamar e menos ainda de ir atrás de mim. Ele não entendeu minha reação e pensou em bater na porta e me chamar, mas achou melhor não ir. Apenas ficou parado olhando na direção da porta.
Eu subi correndo pelas escadas e entrei no meu quarto. Tranquei a porta e fiquei ali mesmo encostada nela. Meu coração pulava no peito e eu respirava com dificuldades. Eu tremia dos pés á cabeça. Meu Deus ! Ele havia me beijado. Não era ruim , mas não era o que eu esperava. E aquele era um sonho para o qual eu não estava preparada.
Eu tapei a boca com as duas mãos e corri para a cama. Me joguei nela e senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto enquanto eu sorria. Tudo ao mesmo tempo. Era muita loucura. Eu não sabia o que pensar. E preferia não pensar em nada. Apenas sorria e chorava ao mesmo tempo.
É indescritível a sensação que se tem quando um sonho é realizado repentinamente. Era melhor do que qualquer outra coisa. O amor corria tão forte que em minhas veias que por vezes chegava a me sufocar. Mal pude esperar o dia amanhecer para ligar para Bia e pedir á ela que corresse até minha casa para ouvir o que eu tinha pra contar.
- Como é que é ? Ele te beijou ?
- Shiiiiiiiu , Bia ! Fala baixo.
- Meu Deus do Céu ! Ele beijou você. De verdade.
- Foi ...
- E você ...
- Eu fugi.
- O quê ?
- Bia , eu não sei o que aconteceu comigo. Eu fiquei com medo. Eu ... não tava preparada. E ... Bia ... eu não sei isso vai dar certo.
- Como pode não dar certo ?
- Se eu me entregar demais Bia .... se eu voar muito alto ...
- Você tem medo de quê ? Da altura ou de cair ?
- Não sei Bia, não sei. Mas e se ele não estiver gostando de mim pra valer ?
- Como assim ?
- E se ele só tiver fazendo tudo isso, digamos .... pra me compensar pelo o que eu passei.
- O Luan não faria isso.
- Tá. Então vamos considerar que o Luan só ache que está apaixonado por mim. Bia ... ele tem a mulher que ele quiser. Eu não tenho nada que faça com que ele se apaixone por mim.
- Você não tem. Mas você é.
- Sou o quê ?
- Você é quem ele precisa. É quem ele deseja. Quem ele sonha.
- Ah , qual é , Bia !
- Por que você tem tanto medo ?
- Alguém já magoou seu coração Bia ?
- Já. Mas nesse caso é diferente por que...
- E essa pessoa era o amor da sua vida ?
- Não, não era. Mas o Luan nunca vai te magoar, você sabe disso.
- Talvez ele não. Mas a vida sim.
- Você tem que acreditar ! Me diz : o que esse beijo foi pra você ?
- A melhor coisa que eu já vivi.
- E foi bom ?
- Fez a minha vida inteira valer a pena. Se você pudesse imaginar o que senti, Bia ! Eu só sei ... que eu amo ainda mais aquele garoto.
- Qual era o seu maior sonho ?
- Ter ... o amor dele.
- E você está conseguindo.
- Bia !
- Para ! Você sempre acreditou e não é agora que tem ele aqui que você vai deixar de acreditar. Não mesmo. Você vai encarar e vai viver isso. E seja o que Deus quiser. E se você tiver que ...
Nesse momento meu celular tocou e Bia , que estava mais próxima dele , o pegou . Ela me olhou de olhos arregalados e disse :
- É ele !
- Eu não vou atender. Eu não vou atender.
- Eu vou colocar no viva-voz. Vai , fala !
- Não Bia ! Eu não tô preparada pra falar com ele agora !
Mas ela atendeu e logo eu ouvi a voz dele :
- Oi ...
Eu fiquei em silêncio e Bia me deu um cutucão forte. Eu então respondi baixinho :
- Ear .... oi .
- Tá ... tudo bem ?
- Tudo sim e ... com você ?
- Ah , eu to bem.
- Que ótimo.
- Então ... eu .. eu tô te ligando por que ... eu queria conversar com você. Será que dá pra você me encontrar ? Eu sei de um lugar muito legal. É um parque super lindo. Eu já te falei dele uma vez.
- Te encontrar ? Agora ?
- É ...
- Olha Luan , desculpa, mas eu acho que ...
Bia então puxou o telefone pra si e tirou do viva-voz.
- Oi , Luan ! Tudo bem ? Aqui é a Bia.
- Bia ? Ah ! Oi.
- Olha desculpa , mas é que ela tá ... com a boca cheia e por isso num tá falando direito. Você não acredita mas a segundos atrás ela estava me dizendo o quanto queria se encontrar com você.... Éar... ela vai sim. Claro que vai. Pode esperar por ela lá. Em uma hora não é ? Ah sim , ela pediu pra dizer que estará lá. Beijos !
Eu peguei o telefone da mão dela e brava, disse :
- Bia ! Você tá maluca ? Como é que você diz uma coisa dessas pra ele ? O que é que ele vai pensar ?
- Que você gostou do beijo ...
- Bia !
- Mas você gostou mesmo ué.
- Eu não vou nesse encontro !
- Ah , você vai sim !
- Eu não vou !
- É o seguinte : se você não for, eu vou. E se eu for eu vou dizer pro Luan um monte de coisas suas que você não quer que eu diga.
Eu olhei pra ela em sinal de repreensão e ela sorriu ironicamente para mim , deixando claro que havia vencido a batalha. Ela então apontou para o meu armário e não vi outra saída a não ser me levantar e escolher uma roupa para usar no meu encontro com ele.
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QUINTA-FEIRA, 23 DE FEVEREIRO DE 2012
Capítulo 57
Dedicado ás minhas lindas, queridas e fiéis leitoras. Obrigado por tudo : Giovana Bleichevel , @JoannaTogoro, @FCMeuArLuanS , Carol @RefensLUANSpr e Josiane Heloíse
NP - Carry Out [ Ain't No Upside ]
Foi como comer um pedaço de nuvens ou tomar um banho de estrelas. Como se meu corpo fosse mais leve que uma pluma. Eu já não conseguia sentir meu corpo e muito menos nada ao meu redor.Minha alma parecia ser a única parte de mim presente ali. Os lábios dele eram tão macios quanto sonhos. E seu hálito era do mais puro e refrescante amor. Sabe quando você tem um sonho tão bom que prefere nunca acordar ? Sabe quando você sente uma paz tão grande que é como se o resto do mundo não importasse mais ? Então. Beijá-lo, como eu disse, era como um veneno. Me mataria aos poucos. Um veneno ao qual eu não era capaz de resistir. Ao mesmo tempo que eu estava em paz, milhares de coisas aconteciam simultaneamente dentro de mim. Desde o meu coração batendo tão rápido que seria capaz de sofrer uma pane, até mesmo ás faíscas de fogo que saíam de minhas entranhas. Nas profundezas do meu coração o medo se fazia presente e na superfície, o sonho realizado gritava e implorava para que eu continuasse. E nesse momento eu quase podia Anjos cantando em meus ouvidos uma canção que me lembrava de aquele era meu sonho. Sonho este que jamais abandonei porque o que era pras pessoas era impossível, eu transformava agora em realidade. Senti uma das mãos dele passando pelos meus cabelos, pelas minhas orelhas e se movimentando por ali. Já a outra, segurava firme no meu braço, talvez para não me deixar ir embora. O coração dele batia tão rápido quanto o meu e eu quase podia ouvi-lo. Respirávamos na mesma sincronia e era como se até mesmo nossos corações trocassem batidas. Podia parecer exagero para muitas pessoas, afinal se tratava apenas de um beijo. Mas não era. Na verdade, eu não podia sequer explicar fielmente tudo o que eu senti. Era uma sensação tão divina que sequer existiam palavras suficientes para explicar ou expressar o que senti totalmente naquele momento. Mas somente quem já teve a sorte de ter seus lábios colados aos lábios de alguém que nada mais nada menos do que o amor da sua vida para saber qual é a sensação. Eu me deixei perder naquele beijo e sequer sei quanto tempo durou. Mas sei que durou tempo suficiente para que eu sentisse que meus sonhos enfim estavam se tornando realidade. Não era apenas uma ilusão. Dessa vez era real. E muito melhor do que eu já havia imaginado.
Foi um beijo tão calmo e devagar como eu jamais havia experimentado. Não tínhamos pressa e muito menos ânsia de nos beijarmos. Apenas deixávamos acontecer. E talvez a mágica daquele momento realmente tivesse ficado nessa calma. Eu podia sentir cada um dos músculos de seus lábios e ele podia sentir cada fio de amor que irradiava de mim em direção á ele. Sabe quando você é criança e come um pedaço colorido de algodão doce ? Ele de desmancha rapidamente, mas o gosto bom faz com que você queira mais e mais. Comigo era mais ou menos assim. O estado de frenesi em que eu me encontrava me levava para longe e por lapsos de segundo eu não conseguia sentir nada, mas eu sentia o gosto bom do beijo dele e o calor que vinha do corpo dele e queria mais. Muito mais. Nada conseguia me tirar dali. Eu não pensava e nem me lembrava de nada. Somente me remetia ás tantas cenas que eu já havia criado pra nós dois. Dentro dos meus sonhos aquele momento já havia se realizado a muito tempo e milhares de vezes e dentro da minha realidade, eu acreditava que ele jamais se realizaria de verdade. Mas eu estava enganada. Todos estavam enganados. Ou melhor : quase todos. O autor da carta anônima estava completamente certo. “Essa história já estava escrita entre as estrelas do céu. E agora, chegou a hora de revelá-la. Se olhar bem para o céu, verá que por trás do brilho das estrelas, existe um desenho onde o seu coração e o dele, são um só.” Eu não podia afirmar com toda a certeza, mas aquele beijo talvez fosse o beijo mais apaixonado a ser dado na face da Terra. Algo não só bonito , mas tão inevitável como as chuvas de verão ou as folhas secas que cobrem o chão de um outono solitário.
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TERÇA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2012
Capítulo 56
Aquele nervosismo maldito novamente tocou conta de mim e resolvi mudar de assunto.
- É... e .. e o cachorro quente ? Tá bom ?
- Cara, eu acho que eu nunca, nunca mesmo comi um tão bom em toda a minha vida. Rapaz, eu vou ter que pedir outro. Eu tenho que admitir que você tinha razão. É muito bom isso aqui, cara. Caramba !
- Eu sabia que ia gostar. É o melhor cachorro-quente do mundo.
- Cara , isso é bom mesmo ! O pessoal da minha banda ia ficar louco com isso!
- Você pode trazer eles qualquer dia.
- A gente pode.
- A gente ?
- Eu quero voltar aqui sempre. Por mim eu nem ia embora. Ficava aqui a noite inteira.
- Ah quanto exagero né ?
- Sabe ? Faz muito tempo que eu não faço isso assim. Comer cachorro quente e melhor... sair na rua ... sem os seguranças !
- É. Pra você deve ser mesmo muito difícil né ?
- A gente acaba se acostumando, mas ... eu confesso que ... é bem complicado sim, eu sinto muita falta.
- Aqui é um lugar tranqüilo e .. tá de madrugada né ? Não tem muita gente na rua.
- Mas o melhor nem é estar na rua, comendo cachorro quente, não ser escoltado por um exército de seguranças.
- Ah, não ? E o que é então ?
- Sua companhia. Eu que devo dizer ... a um tempo atrás eu sequer imaginaria que estaria comendo cachorro-quente no meio da madrugada na companhia da garota mais linda do mundo.
- Até parece !
Ele então começou a rir e eu perguntei :
- O que foi ?
- Você.
- O que tem eu ?
- Tá toda suja de maionese. Vem cá. Eu limpo pra você.
E naquela cena tão clássica ele passou os dedos pelo meu rosto e pela minha boca vagarosamente. Obviamente que eu senti meu corpo ficar fora de órbita. Por dentro, eu tremia muito, mas não deixava isso transparecer. Eu apenas sorri e fingi que aquilo pra mim, não era nada demais. Embora não pudesse enganar meu coração que sabia perfeitamente que aquilo era muito mais do que eu sempre havia sonhado.
Continuamos comendo, sentados ali naquele banco de um praça. Ele se sentindo como alguém “ normal “ e eu me sentindo com a garota mais feliz do planeta. A companhia dele era melhor do qualquer coisa no mundo !
- Eu não imaginava que você fosse tão maluco, Luan !
- Maluco ? Por quê ?
- Buzinando na rua áquela hora. Na certa algum vizinho chamou a polícia. Você tem sorte deles não terem chegado rápido.
- Teus vizinhos são chatos assim ?
- Não. Nem são, mas eles chamariam a polícia por qualquer barulho que ouvissem na rua a uma hora dessa. Quer dizer .... a menos que soubessem que era você quem estava buzinando.
- Faria diferença?
- Ah, para ! Você sabe muito bem que ninguém chamaria a polícia pra você !
- Eu seria preso por sua causa, pensa só.
- Minha ?
- Claro !
- Mas eu não fiz nada.
- Claro que fez. Bagunçou meu coração e agora .. ele é quem manda em mim. Eu queria esperar pra ir te ver, mas quem disse que consegui ?
- Sentiu tanta saudade assim , de verdade ?
- Mais do que tudo.
Eu então vi uma movimentação estranha e gaguejei :
- Luan ...
- Fala.
- Eu não queria te assustar, mas é que ....
- O que foi ?
- Tá vindo um grupo muito grande de pessoas. Talvez tenham saído de uma boate.
- Ah , e ...
- Você sabe o que vai acontecer se toda aquela gente te ver e reconhecer não sabe ?
- A gente ... deve ir embora ?
- É. Vamos. Levanta devagar, sem levantar suspeitas tá ? Calma !
Nos levantamos e seguíamos para o carro quando olhei para trás e vi que todas as pessoas estavam vindo correndo.
- Luan ! Eles tão correndo.
Ele me olhou com uma expressão de que não sabia o que fazer e rindo me disse :
- Vamo correr também.
Ele correu e eu tentei fazer o mesmo, mas após o primeiro passo não consegui continuar.. Eu já caminhava bem, mas correr ainda era dolorido. Eu então parei e falei :
- Eu não consigo.
Ele parou e olhou para trás. Ao perceber o que estava acontecendo, sem pensar duas vezes, voltou e me pegou no colo. Ele foi rápido e eu dei um leve grito misturado á uma risada quando ele me jogou pra cima e me segurou firme. Ele também riu alto e correu para o carro :
- Você é maluco !
Ele abriu a porta, me colocou no banco, deu a volta e entrou também. Fechou os vidros do carro e acelerou. Ambos ríamos muito. Eu não conseguia parar de gargalhar. Era muita loucura aquilo. Jamais eu sequer sonhei em viver algo assim com ele. Ele também ria muito e aquela risada dele tinha um poder sobre mim que ele não podia imaginar.
- Acha que eles me reconheceram ?
- Não. Acho que não. Deve ser um bando de adolescentes loucos que andam por aí fazendo arruaças.
Continuamos rindo e não demorando muito paramos na porta da minha casa.
- Você é muito maluco , cara ! Eu não acredito nisso. Acho que não tinha
melhor jeito de terminar a noite né ? Eu não acredito no que fez. Me pegar no colo e ..
- Ah , não tinha outro jeito. Você não conseguia correr e ... só consegui pensar naquilo.
- Você me jogou pra cima ! Haha, meu Deus. Não dá pra acreditar.
- Acho que ambos fomos surpreendidos hoje né ? Haha, mas foi muito engraçado mesmo.
Ambos ríamos e quando aos poucos eu fui parando percebi que ele olhava diretamente para mim com um sorriso imenso. Eu fiquei completamente sem graça e sem reação e resolvi colocar um ponto final na madrugada perfeita que havia tido com ele.
- Bom, acho melhor eu ...
Porém as palavras me faltaram e fui hipnotizada por aquele olhar misterioso formado por uma mistura de doçura e sedução. Eu então me calei e olhei-o também. Era como se ele tivesse me prendido através dos olhos. E então antes que eu pudesse fazer ou dizer qualquer outra coisa, ele me beijou.
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SEXTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO DE 2012
Capítulo 55
Com aquele sorriso sedutor e com aqueles olhos brilhantes feito olhos de crianças ao ganhar um brinquedo novo ele me olhava. Com as mãos no bolso e encostado no carro ele continuava sorrindo e disse :
- Joga suas tranças, Rapunzel !
Eu ri baixo e me esforcei para não soltar uma gargalhada. Falando em um tom baixo para que meus pais não ouvissem, eu disse :
- Você é maluco ! O que é que tá fazendo aqui ?
- Eu acabei de sair de um show. Aí eu peguei o avião e vim correndo pra cá. Pra ver você.
- Mas a essa hora da madrugada ?
- Desculpa. A saudade não quis sossegar.
- Você é muito maluco mesmo ! Eu não acredito que está aqui.
- Desce ? Tô te esperando !
Eu respondi com um largo sorriso e fechei a janela. Por um segundo, eu me encostei nela e fechei os olhos enquanto sorria. Era impossível disfarçar a expressão apaixonada que se instalava no meu rosto sempre que eu o via. Se Bia estivesse ali, eu já imaginava o quanto ela iria rir do meu jeito. Rapidamente eu tirei o pijama e vesti outra roupa. Ajeitei o cabelo e desci devagar para não chamar a atenção dos meus pais.
Eu abri a porta e logo me joguei nos braços dele. Ele me abraçou com toda a força e eu fiz o mesmo. Ele me levantou e eu aproveitei para brincar com os cabelos lindos dele. A saudade havia feito com que eu o amasse ainda mais e desejasse tê-lo em meus braços. Desejasse abraçá-lo bem forte e se pudesse, pra todo o sempre. Assim que ele me colocou no chão eu sorrindo falei :
- Você é maluco !
- Desculpa. Eu não consegui esperar até o dia amanhecer.
- Eu senti ... muita saudade.
- Eu também. Muita. Tanto que não suportei esperar pra te ver !
- Vem, vamo sair daqui. Com certeza algum vizinho já deve ter chamado a polícia por causa do barulho e meu pai também já deve estar se preparando pra descer.
Ele então abriu a porta do carro para mim e eu entrei. Ele rodeou e entrou também. Acelerou o carro e já dirigindo por ruas qualquer me perguntou:
- Sabe onde tem algum lugar pra comer ?
- Comer ?
- É que assim que acabou o show eu vim correndo pra cá e acabou não dando tempo de comer nada.
- Ué. Eu até sei, mas depende muito do que você quer comer.
- Sei lá. Qualquer coisa. Uma coisa que você goste.
- Peraí, eu acho que eu sei de um lugar. E eu tenho certeza que você vai gostar !
- E onde é ?
- Bom, vai indo que eu te explico o caminho.
- Espero que seja bom mesmo hein ?
- Tenho certeza de que vai gostar.
Eu expliquei para ele o caminho e em poucos minutos chegamos até lá. Ele desceu do carro e surpreso me questionou :
- Uma barraquinha de cachorro quente ?
- É. É um dos melhores da cidade viu ? Muita gente não sabe disso , mas eu tenho certeza de que vai ser o melhor que você já comeu em toda a vida.
- Eu confesso que esperava por um lugar ... diferente.
- Logo logo você me agradecer por ter te trago aqui. Ele funciona até uma certa hora da noite. Eu já vim aqui várias vezes pra comer.
- Acompanhada ?
- Sozinha. Ou com a Bia.
- Acho que dessa vez vai ser diferente.
- Haha. Já está sendo. Vem, vamo experimentar.
- Bora !
Pedimos dois cachorros-quentes e enquanto o vendedor preparava ele perguntou :
- Você não é aquele garoto da TV o .... o ...
- Luan Santana !
- Isso. Eu mesmo !
- Caramba ! Que honra ter você aqui na minha barraca !
- Imagina !
- E veio com a namorada né ? Ela já é minha cliente aqui !
- Ah não. Nós não somos ... namorados – eu me entrometi.
- É. A gente só é .... amigo. – completou Luan !
- Ah me desculpem ! Por favor. Eu não quis ser indiscreto mas é que ... não sei ... parece está estampado muito amor no rosto de vocês ! – disse ele.
- Imagina – eu disse envergonhada.
Pegamos os cachorros-quentes e fomos nos sentar em um banco que havia por ali.
- Tem noção do quanto isso é espantoso pra mim ?
- Isso o quê ?
-É que eu não imaginava sequer te tocar , falar com você e ... e agora eu tô aqui. De madrugada, comendo cachorro quente do teu lado.
- Mas talvez eu já não seja mais só o “ teu ídolo” . Talvez mesmo que a gente não tenha se dado conta eu tenha me transformado em outra coisa. Muito melhor.
- Outra coisa ?
- É. Porque eu saí do teu sonho e entrei na tua realidade. Eu abandonei teus pensamentos e entrei na sua vida. Pra valer.
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QUINTA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2012
Capítulo 54
Com aquele sorriso lindo ele me deu um abraço demorado e me disse :
- Me desculpa !
- Desculpa ?
- Você sabe ? Eu não queria ser invasivo, apressado... não queria ...
- Não. Não pensa nisso. Você não tem que se desculpar por nada ...
- Eu não devia sequer ter tentado nada.
- Eu sei que isso é muito clichê. Mas eu sou que o problema de tudo. Eu é que tenho medo. Não se culpa. Por favor ... me desculpa. Eu ... eu peço desculpas !
- Não tem nada que se desculpar !
Ele me abraçou ainda mais forte e se despediu. Eu fui levá-lo até a porta e quando ele entrou no carro e partiu , uma sensação estranha me dominou. Um medo de que ele não voltasse ou que demorasse demais a aparecer.
No dia seguinte, Bia apareceu logo de manhã e foi logo dizendo :
- Como assim o Luan tentou te beijar e você não deixou ?
- Peraí, Bia ! Como é que você sabe disso ?
- Ah, isso não importa, vai. Me explica direitinho o que aconteceu.
- Claro que importa ! Foi .... o Luan que disse pra você ?
- Não, não foi o Luan !
- Então como...
- Olha, qualquer dia eu conto pra você. Lembra quando eu te disse que tinha uma coisa pra mostrar ? Só que eu não vou mostrar agora !
- Bia, Bia ! Olha lá hein ?
- Relaxa que não é nada demais ! Mas me conta ... por que é que você NÃO beijou o Luan ?
- Porque também não é assim, Bia !
- Assim como ?
- Bia, eu não queria que fosse tão logo ou que ... sei lá ... rolasse só um beijo e depois ...
- Depois ?
- Tá bom. Eu não tive coragem. Eu confesso. É claro que eu queria, mas por alguma razão eu não consegui. Eu fiquei com medo.
- Medo de quê ?
- De nada ser como eu sonhei !
- E as palavras da carta ? Você já se esqueceu ? O que está escrito lá ?
- E se não acontecer como está escrito lá ? Eu tenho medo de acreditar em tudo aquilo e acabar... me machucando !
- É o Luan , lembra ? Ele nunca vai te machucar !
- Me ajuda Bia ? O que é que eu faço com esse medo que domina ? Sempre que eu tô perto dele eu travo e .. não sei ..
- Se permita acreditar que ele está apaixonado por você. Só isso. É o que o que tem fazer.
Eu fiquei em silêncio , refletindo sobre as palavras dela. Eu sabia que Bia estava certa, mas não sabia o que fazer para mudar minha realidade.
Assim como prometeu, pra minha felicidade, Luan não demorou a voltar.
Eu dormia profundamente quando acordei com o barulho de uma buzina. Sonolenta, me mexi na cama e esperei que o barulho parasse. O barulho continuou. Mais uma buzinada e outra e outra. Resolvi então ver quem era o maluco que estava fazendo isso e até mesmo pedir para que ele parasse, mesmo sabendo que talvez algum vizinho já tivesse acionado á polícia reclamando do barulho.
Eu abri a janela e coloquei a cabeça para fora para ver que bagunça toda era aquela. Ainda enxergando pouco por causa do sono interrompido olhei para baixo e para minha surpresa e aceleramento do meu coração eu o vi.
Ele olhava para cima e sorria. Eu não acreditei no que meus olhos viam. Quando ele me viu abriu ainda mais o seu sorriso e eu sorri também , sem acreditar que ele estava buzinando bem abaixo da minha janela àquela hora da madrugada. Apenas para me ver.
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QUARTA-FEIRA, 15 DE FEVEREIRO DE 2012
Capítulo 53
Eu saí rapidamente do quarto e fui direto pra cozinha. Meu coração estava disparado e minha garganta seca. Eu não sabia o que dizer , fazer ou pensar. Apenas tentava me acalmar e controlar meu coração. Eu me encostei no balcão e tomei um copo de água para tentar me acalmar um pouco.
Eu queria e sabia que essa era uma chance única. Eu havia me acovardado completamente. Eu havia contrariado todos os meus sonhos e desejos mais profundos. Ao mesmo tempo que eu sabia que estava jogando no lixo a oportunidade da minha vida, eu não tinha a coragem de beijá-lo. As coisas estavam indo rápido demais e além de tudo, eu tinha medo de ser apenas
“ mais uma “. Eu tinha medo de que tudo acabasse antes mesmo de começar.
E mesmo que tê-lo por um só segundo já fizesse com que toda a minha vida valesse a pena, eu não sabia se conseguiria agüentar a dor de vê-lo partir. Eu queria que ele ficasse. De qualquer forma, mas que ficasse.
Eu peguei o suco mas não tinha a coragem de voltar. Enfim, respirei fundo e entrei no quarto de novo. Fingi que nada havia acontecido embora meu coração ainda batesse forte.
Eu me sentei e ofereci pipoca á ele, que não aceitou.
Ele se sentiu envergonhado e ficou sem jeito. Começou a se achar culpado por ter me deixado acanhada e disse:
- Amanhã .... eu já vou embora.
Aquelas palavras me assustaram. Senti meu coração bater ainda mais forte e me virando para ele, perguntei :
- E você volta ?
- Você ... quer que eu volte ?
- Claro. Eu não ... eu não posso ficar longe de você.
- Eu te levaria comigo se pudesse.
- Levar com você ?
- Pra não ter que sofrer com tanta saudade.
- Sofrer ?
- Ficar longe de você é muito mais difícil do que pensa. Eu me acostumei com sua presença.
- Acha que volta logo ?
- Em alguns dias.
- Eu me acostumei com a saudade. Embora eu tenha certeza de que agora vai doer ainda mais.
- E por quê ?
- Por que antes eu tinha saudades sem ter você aqui. Eu não sabia como era. E agora eu sei ...
- Eu não vou demorar. Eu prometo pra você !
- Eu acredito. Em tudo que me diz.
- E se eu dissesse que tudo o que eu mais quero é passar a vida toda perto de você ?
- Eu acreditaria.
- E... ?
- Faria de tudo para que você realmente fizesse isso.E seria a garota mais feliz do mundo inteiro.
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